domingo, dezembro 20, 2009

la vie est brève










"La vie est brève

un peu d'amour

un peu de rêve

et puis bonjour.


La vie est brève

un peu d'espoir

un peu d'rêve

et puis bonsoir."


segunda-feira, março 02, 2009

La Mirona



LA MIRONA [versão em espanhol de historinha do Tim Burton!]


Yo conocí una chavala
que no hacía sino mirar.
No había poder ni alcabala
que lo pudiera evitar.
?Qué más le podía importar?

Sólo mirar y mirar.

Se ponía a mirar el suelo.
Se ponía a mirar el cielo.

Horas y horas ve que ve.
Y nadie sabía por quê.

Pero después de ganar
todas las competiciones
dejó a sus ojos gozar
de unas buenas vacaciones.


quarta-feira, janeiro 21, 2009

Com o gosto da palavra na boca


I DON'T KNOW
| NANCYTA|

I don't know how distant it's from me
I don't know how distant it's from me
mas eu sinto bem, não sei no que isso é bom
About my hair? my hands?
sometimes I fear this moment
I'll be angry tomorrow, I feel incognito today
the picture is morphing to illogical forms

Quando eu marco as sombras que gosto
o desenho das sombras no chão
O desenho delas o reflexo delas
o desenho delas, o reflexo delas no céu
Shadows on the ground

I don't know how distant it's from me
I don't know how distant it's from me
Mas eu ligo a tv, não sei no que isso é bom
Yo estoy planeando,
no puedo tener control en los pies
I'll have the bomb tomorrow
I feel incognito today,
but I know the sun is shinning early morning
on the earth

How will I return? /Oh, I will return/how will I return?
how will I return? /Oh, I will return/How will I return?

shadows on the ground
Sombras no chão
sombras no chão
sombras no chão...

***

Já vem de dias isso. Sempre me vem, mas nem sempre me detenho. Quase nunca ultimamente: é tanto fôlego que a gente tem que tomar, muito pouco de onde tirar, e continuar mesmo sabendo que é assim... não tem jeito, vai sem fôlego mesmo! A gente murcha, fica eufórica, deprime, ironiza, e abstrai. Muita coisa pra administrar, volta e meia me dá isso de não querer falar nada, sentir nada.

E aí, sei lá, é um filme que cai na minha mão, a menstruação que vai se esvaindo, uma palavra entalada; letra de música, mais palavra entalada; uma saudade, outra palavra entalada; respirar fundo, perceber, ai, uma frase entalada! O tipo de bem-estar [ainda tem hífen aí, né? não vou me adaptar!]... o bem-estar que eu adoro, o gosto de lembranças, de todas as lembranças do mundo, gosto de palavra na boca. E, agora, com uma sensação que eu particularmente acho meio boba na minha cara, a sensação de satisfação com o momento, é um gosto ainda mais particular porque não sei muito bem de onde ele veio.

Gosto de palavra, gosto de vinho, gosto de maconha. Gosto de lassidão, gosto de entrega, gosto de despejo, de despojo, de esporro - os dois, do gozo e do berro. O gosto de refletir sem finalidade nem rédea, gosto de pensamento solto. Gosto de felicidade de videoclipe, com trilha sonora e tudo, ah, o gosto da ficção! Gosto de fim, gosto de viço. O gosto de rolar na areia abraçada com toda a beleza, de mentira ou de verdade. O gosto das verdades, da minha e da sua. Gosto de dádiva, gosto de comida de cachorro. Gosto do que vier, gosto do que tem aí pra mim. O gosto de todas as coisas, porque não consigo cuspir esse gosto de palavra da minha boca.