
'muros castos e tristes
cativos de si mesmos
como criaturas que envelhecem
sem conhecer a boca
de homens e mulheres.
muros escuros, tímidos:
escorpiões de seda
no acanhado da pedra.
há alturas soberbas
danosas, se tocadas.
como a tua própria boca, amor,
quando me toca.'
poema de Lucas (Rútilo-nada)